JUSTIFICATIVA:
Carla Valentina Ronchese Rusalen nasceu em Gorgo al Monticano, Itália, em 14 de fevereiro de 1933. Filha de Redenta Boscaia e de Ferrucio Ronchese, tem como irmãos Danila Ronchese Marchesin, que vive, atualmente em Oderzo, e Giani Ronchese falecido em julho de 2012, na cidade de Oderzo, Itália.
Gorgo é uma pequena cidade na província de Treviso, que está localizado no Nordeste da Itália. Filha de comerciantes cursou a escola, então preferiu, ao invés de se aperfeiçoar para continuar os seus estudos se dedicou ao artesanato, que era fazer tricô de linha e de lã.
Trabalhou com máquinas adequadas para este, a elaboração de modelos maravilhosos, tinha que ir todos os dias para Oderzo para o aprendizado da profissão.
Aos sábados e domingos ajudava seu pai nas vendas de carne no açougue.
Quando lá conheceu Livio Flávio Rusalen, nascido em Gorgo al Monticano, no dia 13 de abril de 1929, filho de Marcelino Rusalen e de Emma Rusalen. Levou sua vida na Itália criando inúmeras amizades, trabalhando e sua maior paixão, muitas vezes era, no salão de baile "Al Boschetto" sempre em Gorgo.
Devido a segunda guerra mundial a qual todos eles enfrentaram e os pais e sogros vivenciaram a primeira guerra mundial, a necessidade fez com que muitos viessem buscar trabalho
Enquanto isso, Livio Flávio Rusalen, pede Carla Valentina Ronchese Rusalen , em casamento, mas devido a distância e às leis internacionais, e para que isso fosse realizado, seria necessário fazê-lo por procuração, e no dia 14 de fevereiro de 1958, Carla Ronchese Valentina , na Itália tem como suposto substituto, um primo de Lívio, chamado Tito, fez o seu lugar na Igreja e na Câmara Municipal, onde ocorreu o casamento como segue os registros em anexo a este.
Neste mesmo ano de 1958, ela Carla Valentina Ronchese Rusalen, deixa Itália para vir ao Brasil. Saindo de Genova, como muitos outros ela também entrou no navio rumo a uma terra nova e desconhecida, deixando sua família, sua pátria enfim, sua vida em todos os sentidos. Com muito medo e muita coragem sem olhar para trás, muitos destes vieram e aqui estão desde muito tempo.
Chegou no Brasil em 12 de dezembro de 1958, na cidade de Santos, estado de São Paulo, já, casada com Livio Flávio Rusalen e seus sogros Marcelino e Emma Rusalen com seus cunhados, Antonio e Ottone Rusalen que já estavam aqui também a algum tempo.
Desde então, começou uma família a qual gerou e criou dois filhos nascidos em Sorocaba, Luciana Redenta Rusalen e Giancarlo Feruccio Rusalen, e dois netos Bruna Rusalen Figueira, de 23 anos e Lucca Grandino Rusalen, de 14 anos.
Com o passar dos tempos além de dona de casa passou a ser sócia proprietária da Disofil Distribuidora de Filtros de Sorocaba.
Passou toda a vida aqui no Brasil e dizia que era mais brasileira do que italiana e muitas vezes dizia que não voltaria para a Itália para morar mais, mas sim para passear. Pois esta terra lhe deu o abrigo e tinha dois filhos e dois netos desta mesma.
Muitos momentos de saudades e de dor devido a distância algumas vezes retornou para Itália, a fim de rever os seus. Aos 10 de julho de 2010, Carla Valentina Ronchese Rusalen, desligou-se deste mundo no mais perfeito dos sonos, sem dor, sem sofrimento e com a saúde perfeita ela descansou para rever ou encontrar aqueles que já se foram.
E aqui registra-se mais um imigrante que fez deste país e desta cidade chamada Sorocaba, onde junto com a família Rusalen ajudou a trazer o primeiro café italiano no restaurantes ia-ia,localizado na Praça Coronel Fernando Prestes, depois Casa Rusalen onde na rua Benedito Pires montaram uma loja de eletro domésticos e trouxeram as primeiras TVS chamadas Inelca, ajudou junto com Livio Rusalen a criar e dar estrutura aos filhos e netos e também para esta cidade que foi e é a terra de muitos que deixaram a sua pátria com muita coragem, carinho, saudade e muito amor. Muitos deles estiveram, estão e ainda ficarão por aqui porque deles muitas lições foram aprendidas e registradas, muitas lutas e atos conquistados e nós somos e ainda seremos frutos de todos eles.
Nenhum oceano é capaz de segurar ou desviar a trajetória de uma vida muitas vezes nem sempre cheia de alegrias e vitórias.
Por isto aqui deixo meu registro para que esta rua seja uma lembrança e homenagem eterna para você, Mamma de todos nós, filhos, netos, genro e amigos, principalmente, daquela amiga que você também deixou para nós e que hoje a chamamos de Tia Maga, conhecida como Margaret de Lima Aleixo, a qual teve a ideia de nomear uma rua para você.
Muito Obrigada!
Ciana e família, (Luciana Redenta Rusalen Figueira).
Ronchese Carla, è nata a Gorgo al Monticano il 14 febbraio del 1933. Gorgo è un piccolo paese della provincia di Treviso che si trova nel Nord-Est dell'Italia.
Figlia di Commercianti ha frequentato le scuole primarie con buon profitto, poi ha preferito, anzicchè proseguire gli studi , dedicarsi all'artigianato e imparare un bellissimo lavoro cioè fare la magliaia, lavorare la lana con macchine adatte a questo lavoro, confezionando modelli meravigliosi per questo doveva recarsi ogni giorno a Oderzo. Era bravissima, qui si dice "Aveva le mani d'oro".
Sabato e domenica aiutava il padre nella vendite di carne in macelleria, addetta alla cassa.
Aveva un carattere piuttosto focoso e combinava anche qualche biricchinata, ma sempre con valori morali massimi.
Frequentava molto Oderzo, una cittadina vicino Gorgo e dove appunto apprendeva il lavoro come sopra detto, e qui si era creata una bella compagnia ed in modo particolare con Bibi, l'amica del cuore. Erano come due sorelle, un'amicizia profonda le legava, anche perchè Carla aveva il "moroso" in Brasile per cui era libera. Le piaceva molto ballare e per questa
passione spesse volte se ne andava , nella sala da ballo "Al Boschetto" sempre di Gorgo ma a un km di distanza da casa...a piedi ...non c'era la macchina in quei periodi.Era molto solare e simpatica, sempre con la "battuta" pronta e si faceva voler bene da tutti, anche se qualche volta a causa del suo carattere nervosetto diventava....agressiva.
Suo marito era da diverso tempo in Brasile e quando hanno deciso di sposarsi, ha dovuto farlo per "procura". Qui un cugino di Livio, ha fatto le veci in Chiesa e in Municipio e a Matrimonio avvenuto, il marito ha potuto fare la richiesta come moglie per il ricongiungimento. Quando è arrivato il momento della partenza c'è stata molta disperazione in famiglia, perchè a quei tempi, anni sessanta, si pensava che mai
piu' l'avremmo rivista. Il giorno della partenza quasi tutto il paese è venuto ad accompagnarla alla stazione per il saluto, Bibi poi l'ha accompagnata a Genova per l'imbarco in nave e il distacco è stato tremendo, perchè Carla già da giorni si rendeva conto che stava per andare verso l'ignoto, lasciando la sua famiglia e tutto cio' che le dava sicurezza,proprio verso in un mondo completamente sconosciuto.Teniamo presente che non c'erano gli aerei come ora, telefono lo stesso, corrispondenza ci volevano mesi per ricevere una lettera, tanto è vero che quando tornavamo a casa dall'Ufficio la prima domanda era "Mamma, Carla ha scritto?" Quando arrivava una sua lettera era festa in famiglia.
Deixou saudades em 10 de julho de 2010.